domingo, 11 de novembro de 2007

SAI DE MIM...


Sai de mim, liberta-me, deixa-me respirar. Ordeno-te. Abandona-me.

Começo com algo forte…adoro o ser humano, mas esta espécie anda a entristecer-me. Desconheço-os. Não são da minha carne, da minha substância. Acho que adquiri uma enfermidade. Deixei de ter noção do movimento e os meus olhos só vêem o que está paralisado. O meu olhar fica ligado ao céu nublado. Elas (nuvens) sugam o meu nervo óptico para o interior do seu estado gasoso. Mas se o céu não me faz crescer asas para viver nos seus reinos, que me aceite Gaia. Ultimamente a imagem de lama, raízes, lodo, tem me surgido por várias vezes na minha mente. Flores de aloé. Sinto-me uma flor de cacto. Bonita metáfora, mas neste caso o importante não é a figura de estilo, é a parte espinhosa da afirmação. Tanta substância nociva neste meu habitáculo carnal. Como se pode armazenar? Eu ordeno-te que saias…

Porque será que as pessoas se esqueceram do que é pequeno e embarcaram em grandezas…

Sinto-me de tal modo vazia… que emudeço…mas ao pensares nesse vazio, não estás vazia. Quem te disse que estavas?
Por Eumesma

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