Na base de um pequeno e húmido bosque existiam enumeras rochas camufladas por um luxuriante tapete de musgo brilhante. Na base desta espécie botânica eram absorvidos os nutrientes que caíam de níveis superiores. Essas substâncias depois de assimiladas pelas diminutas raízes tornavam-se vida.Além desta alcatifa verde e dos detritos que ia sorvendo existiam outras espécies, que a esta escala diminuta se assemelhavam a gigantes. Essas formas de vida eram conhecidas como os Deuses da Seiva.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
TEXTO (1-4) - ENFRENTAR O SOFRIMENTO
Nietzche (1844 – 1900), foi um
dos filósofos que contribuíram com soluções concretas para mitigar o
sofrimento, quer se trate de ira, angustia, desespero ou desprezo por si mesmo.
Na realidade, Nietzche pensava que o sofrimento e a desolação são absolutamente
essenciais para formar o carácter. Não podemos apreciar o que significa a
verdadeira felicidade sem antes termos sofrido. Isto significa que as
dificuldades de qualquer tipo devem ser recebidas por aqueles que aspiram a
sentir-se realizados. “Aos homens que me interessam, desejo-lhes sofrimento,
abandono, doenças, maus tratos e desprezo.” Escreveu. A sua filosofia assevera
que a plenitude não é alcançada evitando a dor, mas sim reconhecendo o seu
papel como um passo natural no caminho que é necessário percorrer para alcançar
qualquer coisa de bom. O pensador alemão compreendeu que apenas uns quantos
eleitos pareciam ter conseguido uma plena realização nas suas vidas. Os membros
desse pequeno grupo de privilegiados mereceram-lhe o título de “super-homens”,
um dos termos mais controversos do léxico nietzschiano. Numa carta a sua mãe, o
filósofo confessou que já não era vivo ninguém que lhe interessasse. “As pessoas
que me agradam morreram há muito tempo. Por exemplo o abade Galiani ou Henri
Beyle (Stendhal) ou Montaigne.” Eram curiosos, intrépidos, ambiciosos, grandes
artistas, tinham sentido de humor e mostravam-se sexualmente vigorosos. Tinham
suportado o sofrimento exigido pela criação de uma obra-prima. Mas Nietzche
também acreditava que a plenitude estava ao alcance de qualquer ser humano. “É
apenas uma questão de nos propormos a isso e de sofrermos nesse empenho.” O autor
de Assim falou Zaratustra passou
alguns Verões nos Alpes, onde se dedicava ao montanhismo. A escalada de uma
montanha constitui uma boa metáfora para o seu pensamento. Para o filósofo, o
sopé da montanha é a mediocridade, à medida que sobe, o montanhista sofre
fisicamente para atingir o seu objectivo. Finalmente, a chegada ao cume é a realização
de tão desejada plenitude.
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