Na base de um pequeno e húmido bosque existiam enumeras rochas camufladas por um luxuriante tapete de musgo brilhante. Na base desta espécie botânica eram absorvidos os nutrientes que caíam de níveis superiores. Essas substâncias depois de assimiladas pelas diminutas raízes tornavam-se vida.Além desta alcatifa verde e dos detritos que ia sorvendo existiam outras espécies, que a esta escala diminuta se assemelhavam a gigantes. Essas formas de vida eram conhecidas como os Deuses da Seiva.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
TEXTO (3-4) MALES DE AMOR - NARCISISMO MÓRBIDO
Poucas loucuras de amor merecem
tanta atenção dos literatos como o narcisismo: levado ás suas ultimas
consequências, pode converter-se numa perturbação psicológica muito parecida
com a histeria. O jovem narciso, impossibilitado de satisfazer as suas paixões
amorosas com outros, acaba por apenas ser capaz de amar a sua imagem reflectida
na água do lago. É precisamente isso que acontece a quem sofre de narcisismo
doentio ou mórbido. Estas pessoas tornam-se a si mesmas como objecto amoroso. A
origem do seu desvio pode encontrar-se no facto de serem pobres em afectos.
Mostram-se geralmente distantes e são incapazes de mostrar admiração por uma
acção, uma escolha ou uma qualidade alheia. Geralmente, carecem da capacidade
de empatia (quer dizer, da habilidade para detectar e tentar compreender o
estado de espírito do outro), o que as torna seres socialmente desastrados. As
suas relações românticas costumam ser fugazes, em parte porque se lhes revela
muito difícil encontrar uma pessoa com as qualidades que exigem: nem tão
brilhante que lhes possa fazer sombra, nem tão cinzenta que careça de interesse.
Conviver com um narcisista mórbido pode ser um enorme suplício, é preciso
competir constantemente com a imagem amplificada e quase endeusada que o
espelho devolve do próprio doente. Por outro lado, os parceiros devem
reconhecer permanentemente as virtudes da vítima (que a ela parecerão
evidentes, mas talvez não ao resto dos mortais), ainda que também não lhes deva
dar demasiada ênfase, porque o doente considera que a sua graça é natural e não
requer demasiada atenção, é todo um paradoxo da mente humana que pode arruinar
vidas, mas dificilmente as vítimas o reconhecem.
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